Fotos: Arquivo Pessoal
Nascido em Jaguari, Valnir Rezende Flores, 74 anos, mudou-se para Santa Maria ainda criança, com o pai ferroviário e a mãe costureira, ambos já falecidos. Flores começou a frequentar a Primeira Igreja Batista de Santa Maria quando ainda era menino. Segundo a família, ele era encantado pela palavra de Deus e adorava falar sobre ela, principalmente, para os quatro filhos: Alexandre, 43, Daniela, 42, Denise, falecida há quatro anos, e Thiago, 37.
O idoso era casado desde 17 de outubro de 1970 com a aposentada Santa Rita Ramos Flores, 70 anos. Os dois se conheceram em uma igreja e se apaixonaram à primeira vista. À época, ela era católica, e ele, evangélico.
- Nós nos casamos na igreja católica para agradar familiares. Mas, logo depois, e converti para a Igreja Batista. Ele conseguiu passar todos os ensinamentos de Deus para mim e para nossos filhos e netos, suas grandes paixões. Ele era louco pelos quatro netos meninos e pela única neta menina - lembra a esposa.
Flores era representante comercial e distribuía pirulitos de marshmallow por todo o comércio de Santa Maria, há 41 anos. Conhecido na cidade, ele ajudava a todos que precisassem dele.
O idoso era gremista fanático e influenciou três dos quatro filhos a torcerem pelo time. Por várias vezes, ele foi à Capital para assistir aos jogos do Grêmio. Os netos também torciam pelo mesmo time do avô.
Morador do Bairro Perpétuo Socorro e do Itararé, Flores fez amizade com muitos vizinhos e, no tempo livre, costumava se reunir com integrantes da Igreja Batista para cantar hinos e louvores. Ele também era muito apegado às cantigas mais antigas da igreja.
- O pai tinha características peculiares. Ele tinha um respeito muito incrível por nós, seus filhos, e um coração muito grande. Era apaixonado por Jesus, foi muito nosso amigo e nos ensinou a ter amor por Deus - emociona-se o filho Thiago.
Para a família, o grande legado que ele deixou foi de amor, trabalho, humanidade e de solidariedade com os outros. Conforme a esposa, tudo era feito por ele com muito amor e dedicação.
- O Valnir dizia sempre que precisávamos amar ao próximo e fazer a ele o que gostaríamos que fizessem para a gente - recorda Santa.
Flores também era muito apaixonado pelos seus dois cães de estimação, o Joaquim e o Zezé, que eram pais e filhos. Os dois passavam muito tempo juntos do tutor, em seu colo, a seus pés ou no mesmo ambiente em que ele estava.
O representante comercial ficou durante 48 dias internado no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria, onde faleceu em 4 de maio, às 6h. Ele foi sepultado no mesmo dia, às 16h30min, no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria. Flores morreu em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC).
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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122
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